domingo, 25 de setembro de 2011

Não guardes para depois o que podes fazer já no dia 01 de Outubro

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Lisboa

Saldanha/Restauradores - 15H00
Para os trabalhadores(as) e população dos distritos do Sul, a partir de Leiria e Castelo Branco (inclusive) 


Porto

Praça dos Leões - 15H00
Para os trabalhadores(as) e população do distrito do Porto

Praça da Batalha - 15H00
Para os distritos do Norte a partir de Coimbra (inclusive)

Estas duas concentrações desfilarão até à Praça da Liberdade, onde em conjunto seguirão para a Praça General Humberto Delgado.


Occupy Wall Street - Nobody Can Predict The Moment Of Revolution

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A coutada do Alberto João está longe de ser um jardim

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Reviralhos Sound System # 30 (edição especial - 20º aniversário de "Nevermind")

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Nirvana - "Smells Like Teen Spirit" (1991)




Nirvana - "Come As You Are" (1991)




Nirvana - "Lithium" (1991)




Nirvana - "In Bloom" (1991)


terça-feira, 20 de setembro de 2011

Occupy Wall Street, ao quarto dia de protestos continua o blackout informativo

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Apesar do silêncio generalizado da comunicação social, o protesto Occupy Wall Street cumpre hoje o seu quarto dia consecutivo.

Tudo aquilo que as cadeias de televisão e os jornais deliberadamente ocultam, silenciando a voz dos activistas que se manifestam pacificamente  no coração de Nova Iorque e ocupam o Zucotti Park (renomeado pelos manifestantes como Liberty Plaza), pode ser acompanhado em occupywallst.org ou em livestream.com/globalrevolution.



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sábado, 17 de setembro de 2011

Protesto dos “Artistas e Públicos Indignados”, hoje, 17 horas, Rossio (e em todas as praças do país que a ele se queiram juntar)

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Declaração dos Promotores do protesto “Artistas e Públicos Indignados”

Dia 17 de Setembro, Lisboa, Praça do Rossio, pelas 17h
(e em todas as praças do país que a ele se queiram juntar)

“A nossa capacidade de indignação pode e deve levar-nos a ações construtivas, motivadas pela recusa da passividade e da indiferença. (…) Saber dizer sim. Agir. Combater. Participar na insurreição pacífica o que nos permite dar resposta a um mundo que não nos agrada. Numa palavra: empenhar-nos!” afirma o filósofo Stéphane Hessel.

Artistas e Públicos Indignados é uma “revolta! de gente da “cultura” perante uma conjuntura que representa um retrocesso civilizacional em termos de direitos de cidadania, uma “revolta” que é intérprete não só de um sentimento colectivo de desalento, ainda difuso, e que deseja encontrar uma linguagem certa para o denunciar.

Esta iniciativa de protesto dos sectores das Artes e da Cultura pretende promover a unidade de todas as diferenças sem as anular, não querendo ser patamar de divisão ou de sectarismo sectorial; deseja, isso sim, dar visibilidade a um movimento geral de indignação de artistas, criadores e demais trabalhador@s face ao actual estado de degradação, desinvestimento e desertificação do sector das Artes e da Cultura. Pretende, também, dar voz aos Públicos, que a ela têm direito, para que possam ser espectadores emancipados.

Este é um protesto que emerge, organicamente, da força conjunta de um país a requerer mais e melhor democracia, mais qualidade de vida e que luta também pela requalificação das condições de criação e pelo direito aos seus tempos de fruição e de reflexão.

A Arte e a Cultura são os elementos vitais para a construção de um mundo melhor, tecido de diálogos entre visões e entendimentos diferentes do mundo.

Queremos que a Arte e a Cultura nos ajudem a fazer um país melhor, um país que questione, critique e altere um modelo de sociedade que claramente falhou.

Artistas e Públicos Indignados fazem ouvir a sua voz no dia 17 de Setembro, pelas 17h na Praça do Rossio, e em qualquer lugar do país, e decidem habitar criativamente a rua com a sua arte e cultura.


Programa do evento (prevê-se a sua realização simultânea em várias cidades do país):

17h concentração de artistas e públicos indignados na Praça do Rossio, Lisboa

19h reunião-debate aberta a tod@s participantes

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terça-feira, 6 de setembro de 2011

Lisboa é de TODOS

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O programa completo da terceira edição do Festival Todos - Caminhada de Culturas, que decorre de 08 a 11 de Setembro, pode ser consultado no blogue do Festival ou descarregado aqui

 


segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Crédito do BPN à Amorim Energia - algumas perguntas que continuam sem resposta













 


sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Estás contente com a tua liberdadezinha?

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Agora que a destruição do Estado Social está em curso, agora que já percebeste que os ricos não pagarão a crise (como nunca pagaram nenhuma das anteriores), chegou a hora de te perguntarmos: estás contente com a tua liberdadezinha ou vais finalmente começar a lutar por uma liberdade a sério?




"Liberdade" - Sérgio Godinho

Viemos com o peso do passado e da semente
Esperar tantos anos torna tudo mais urgente
e a sede de uma espera só se estanca na torrente
e a sede de uma espera só se estanca na torrente
Vivemos tantos anos a falar pela calada
Só se pode querer tudo quando não se teve nada
Só quer a vida cheia quem teve a vida parada
Só quer a vida cheia quem teve a vida parada
Só há liberdade a sério quando houver
A paz, o pão
habitação
saúde, educação
Só há liberdade a sério quando houver
Liberdade de mudar e decidir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir




Na mouche # 2




"Dar o exemplo", artigo de opinião de José Manuel Pureza, publicado hoje no Diário de Notícias:

Primeiro foi a superficialidade populista e inócua das gravatas, dos ares condicionados, das viagens em económica. Depois veio a pedagogia do contágio: num remake da febre do "dia de trabalho pela nação" dos idos de 75, todos se puseram a competir com todos para mostrar quem cortava mais em alguma coisa. Essas foram as pontas visíveis de um denso iceberg ideológico que, na novilíngua da direita, se exprime em dois mandamentos supremos: primeiro, cortar no Estado é a maior das virtudes cívicas; segundo, é preciso dar o exemplo, e o Estado cortar em si próprio é o mais elogiável dos exemplos.

Mas o que significa dar o exemplo? Na cândida retórica governamental, trata-se de mostrar que o Estado, ciente dos sacrifícios que impõe na vida de quem trabalha, se sacrifica ele próprio, cortando-se (perdoem a sugestão automutilatória) e despojando-se de mordomias e de desperdícios. Ora só engole a patranha quem quer. Como ficou claro na apresentação da estratégia orçamental do Governo, as despesas que o Estado promete cortar são os salários e as pensões dos funcionários públicos, são os gastos com os serviços de saúde, de justiça ou de educação que garantem uma cidadania decente a quem de outra forma ficará dela privado. O resto são trocos. O Governo corta despesa pondo fim à universalidade de serviços, como o dos transportes ou o SNS, e estabelecendo em sua substituição serviços públicos esmolares e carregados de estigma - e, por isso mesmo, desqualificados - para pobres, ao mesmo tempo que transfere para os orçamentos familiares, num país como o nosso, com uma mediana de rendimento pouco acima dos 700 euros, os custos dos serviços prestados aos clientes (que não aos cidadãos).

O Governo não dá exemplo, dá sinais para quem manda na nossa economia, a partir de cá e a partir de fora. Onde a sua retórica de virtudes ficciona cortes que compensem os sacrifícios das pessoas, o que realmente se produz é a duplicação dos sacrifícios dos cidadãos: penalizados primeiro pela austeridade, os portugueses que vivem do seu salário ou da sua pensão, são adicionalmente penalizados pelos cortes do Governo nos seus gastos, que são afinal gastos com a nossa saúde, com a nossa justiça ou a nossa educação. Ou, mais ainda, com os nossos salários e as nossas pensões.

A isso chama a direita, sarcasticamente, as gorduras do Estado. As que são realmente gorduras - as avenças obscenas para pareceres que enriquecem escritórios de advogados, as rendas garantidas para as parcerias público-privado - essas manter-se--ão incólumes, pois claro. E dos suplementos vitamínicos que a anemia recessiva exige - tributação dos rendimentos do capital e dos grandes patrimónios -, desses a direita nem quer ouvir falar. Não são as gorduras que a direita quer cortar. É o músculo. As privatizações darão aos grupos privados a carne limpa e a obsessão ideológica encarregar-se-á do que ainda sobrar.

Neste clima de substituição da política pelo nutricionismo como código de leitura do Estado, a direita quer acima de tudo fazer vingar a ideia de que o melhor Estado é o Estado esquelético e faz, para isso, passar a ideia de que cura de emagrecimento e privação de alimentação são uma e a mesma coisa. Embrulhada nos seus mitos ideológicos, a direita recita o mantra de que o bom governo é o governo mais pequeno. E nessa recitação confluem a direita que desdenha o país concreto e a direita que quer prosperar com negócios fáceis. A estes mitos e obsessões da direita, haja quem contraponha um princípio de decência: o bom governo não é o maior nem o mais pequeno, é o que garante uma democracia que inclua todas as pessoas como iguais na cidadania efectiva.


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