quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Petição: "Manifesto em defesa do serviço público de televisão"

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A seguinte petição, em defesa do serviço público de rádio e de televisão, pode ser assinada em http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2012N28151:


Utilizando como base o esclarecedor manifesto publicado no dia 8 de Julho de 2012 no semanário Expresso, elaborado pelo cineasta António Pedro Vasconcelos, pede-se aos partidos do Governo e da oposição que travem a intenção de concessionar, encerrar, ou privatizar o serviço público de televisão portuguesa, RTP 1 e RTP 2.

Manifesto publicado no dia 8 de Julho de 2012 no semanário Expresso, elaborado pelo cineasta António Pedro Vasconcelos:

Em defesa do serviço público de rádio e de televisão

"A evolução da televisão ao longo das últimas décadas, com a multiplicação da oferta de canais, a passagem ao digital, a perigosa concentração em grandes grupos de comunicação, com o risco de promiscuidade entre política, negócios e informação, não diminuiu a legitimidade do serviço público na Europa e do seu insubstituível contributo para a democratização da sociedade. Pelo contrário, na maioria dos países europeus, o serviço público reforçou a sua legitimidade: multiplicou a oferta, reforçou a exigência de uma programação mais qualificada e atenta à inovação do que a dos seus concorrentes comerciais; tornou mais clara a exigência de uma informação isenta e plural; as preocupações com a programação cultural ou relacionada com os gostos das minorias e com os interesses sociais de reduzida expressão; a salvaguarda de programas e canais de limitado interesse comercial, mas importantes para toda a sociedade; a certeza de o seu capital ser nacional num quadro empresarial cada vez mais preenchido por multinacionais e poderosos operadores de telecomunicações; e o seu papel decisivo na indústria audiovisual.

De tal forma assim é que em nenhum outro país europeu, exceto em Portugal, o governo se propôs enfraquecer o serviço público de televisão, privatizando um dos seus canais nacionais. A prova é que a privatização de um canal de televisão não figura nem nas exigências da Troika, nem na agenda da União Europeia. O serviço público continua a ser considerado, agora mais do que nunca no quadro da televisão digital, um eixo estratégico de afirmação da língua, da cultura e da identidade de cada Estado, um instrumento da coesão social de cada país, através de um operador a quem todos – poder e opinião pública - reconhecem um insubstituível papel regulador do mercado, garante do pluralismo e promotor da diversidade e da qualidade dos conteúdos audiovisuais. E a quem os cidadãos sentem que podem pedir contas.

A verdade é que continuam plenamente válidos os sucessivos documentos de diversas instâncias europeias, apoiados num consenso de todas as famílias políticas da direita à esquerda, que vêm reafirmando que “um amplo acesso do público a várias categorias de canais e serviços constitui uma pré-condição necessária para o cumprimento das obrigações específicas do serviço público”.

Desta forma, os signatários, provenientes dos mais variados quadrantes políticos e ideológicos, exprimem a sua profunda discordância face à anunciada privatização de um dos canais da RTP, apelando ao governo e ao poder político para que, tal como aconteceu com a prometida privatização da agência Lusa, não concretizem essa decisão, cujos contornos têm inclusivamente provocado legítimas suspeições sobre a sua transparência.

Entendem também que esta espécie de bomba-relógio que paira sobre a RTP, acompanhada do anúncio do desmembramento dos seus meios de produção, compromete o futuro da empresa e está a prejudicar não apenas a prestação do serviço público, como impede o que devia ser sua a prioridade mais urgente: uma profunda reflexão sobre a forma de garantir o imperativo constitucional de independência face ao poder político e ao poder económico e a reforma a empreender na oferta do serviço público no quadro digital, acompanhando os modelos dos outros países europeus.

O governo, aliás, tem revelado uma preocupante falta de clareza e de coerência nas medidas anunciadas, geralmente avulsas e erráticas, pautadas pelo improviso e pelo desconhecimento do que está em jogo. A verdade é que, até hoje, o governo já falou de “alienação” e de “privatização”, sem que ninguém percebesse porquê nem para quê, e muito menos o que se pretende “alienar” ou “privatizar”, nem em que termos.

Além do mais, neste quadro, uma eventual privatização de um canal, sobretudo se conjugada com o anunciado fim da publicidade comercial na RTP, não representaria nenhuma diminuição dos custos do serviço público, que, de resto e ao contrário do que tem sido frequentemente propalado, são dos mais baixos da Europa.

Bem pelo contrário, sobretudo no atual contexto de grave crise económica e financeira, a presença de um novo operador comercial, certamente com uma programação adequada à sua necessidade de maximizar receitas publicitárias, teria dramáticas consequências na viabilidade dos restantes operadores do sector, bem como em todas as outras empresas de comunicação social e da indústria audiovisual, empobrecendo drasticamente a qualidade e a diversidade dos media portugueses.

Por outro lado, essa privatização envolveria o fim de muitos dos atuais programas da RTP, quer os programas que legitimamente procuram dirigir-se a todos os portugueses, quer alguns dos que se destinam aos públicos minoritários, que não encontram conteúdos idênticos na restante oferta televisiva por não ser essa a vocação dos operadores comerciais - e que, por isso, devem ser assegurados por um canal alternativo -, conferindo legitimidade e um importante papel regulador ao operador público.

Por todas estas razões, os signatários apelam ao bom senso dos partidos do governo e da oposição para que travem uma medida que carece de clareza e de racionalidade e que não pode em caso nenhum ser enquadrada no plano de privatizações, até porque a sua dimensão financeira seria despicienda e totalmente desproporcionada relativamente aos efeitos brutais sobre a indústria dos média e a qualidade e a isenção da informação, da formação e do entretenimento a que os portugueses têm direito.

Adenda ao manifesto “Em defesa do serviço público de rádio e de televisão”

Posteriormente à elaboração deste manifesto, foi anunciado pelo Governo, através do dr. António Borges, um novo cenário: a RTP2 seria encerrada e os demais canais de rádio e de televisão concessionados a um grupo privado.


Os signatários consideram:

1.

A concessão do serviço público de rádio e de televisão a uma empresa privada, que receberia não apenas a contribuição para o audiovisual como receitas publicitárias, induziria uma programação submetida a meros critérios de rentabilidade comercial, impossível de contrariar através de um caderno de encargos, o que comprometeria a qualidade e a diversidade exigíveis a um operador de serviço público.

2.

A compressão do serviço público de televisão em sinal aberto, num único canal, torna impossível o cumprimento das obrigações de programação actualmente cometidas aos dois canais, visando os interesses dos diversos públicos, maioritários e minoritários. O modelo agora proposto constitui, aliás, uma solução absolutamente insólita na Europa, onde apenas a Albânia e a Bulgária têm um único canal de televisão generalista.

3.

Este quadro provocaria ainda uma grave distorção das regras de concorrência com os restantes operadores privados.

4.

Acresce que esta solução não se encontra prevista no programa do Governo, nem sequer figura no memorando de entendimento com a “troika”.

5.

Além do mais, desrespeita a Constituição da República, que no seu artigo 38.º, n.º 5, estabelece: “O Estado garante a existência e o funcionamento de um serviço público de rádio e de televisão”; e, no artigo 82.º, n.º 2 consagra: “O sector público é constituído pelos meios de produção cuja propriedade e gestão pertencem ao Estado ou a outras entidades públicas”.

6.

O projecto agora apresentado, sem paralelo na União Europeia, representa ainda um absoluto desrespeito pelos diversos documentos das mais variadas instâncias europeias que testemunham um vasto consenso politico, que o Estado português sempre acompanhou sem hesitações. Recorde-se que em vários documentos da União Europeia se sublinha que “um amplo acesso do público, sem discriminação e com base na igualdade de oportunidades, a várias categorias de canais e serviços constitui uma pré-condição necessária para o cumprimento das obrigações específicas do serviço público de radiodifusão”.

7.

Ao abdicar da exigência de um operador de capitais exclusivamente públicos, esta proposta abriria caminho a que o próprio concessionário do serviço público pudesse ter uma maioria de capital estrangeiro, afectando a autonomia da informação e a soberania da língua e da cultura portuguesas de forma que se torna dispensável classificar.

8.
Os signatários entendem deixar claro que, seja qual for a “solução final” proposta pelo Governo, não aceitam qualquer medida susceptível de amputar, enfraquecer ou alienar a propriedade ou a gestão do serviço público de rádio e de televisão."
 
 
 

Sigur Rós - the valtari mystery film experiment - film #2: varúð

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varúð - film by inga birgisdóttir
 
 

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Protesto contra encerramento da RTP 2 e concessão da RTP 1 a privados (domingo, 02 de Setembro, 15:00h)

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Domingo, 02 de Setembro de 2012, 15:00 h

15h - ROSSIO
17h - VIAGEM ATÉ À RTP (metro, carro, etc.)



Um grupo de cidadãos convoca protesto de apoio à RTP.
Durante décadas a RTP foi o pilar da informação televisiva em Portugal. Hoje, o governo quer acabar com a cultura e entregar aos privados o que é do povo. Não deixaremos!

Este governo não tem ponta por onde se lhe pegue. Não se admite em plena crise economia que Cavaco Silva seja dos maiores despesistas como Presidentes da República (
http://www.vidaeconomica.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ve.stories%2F81307). Não se admite que Miguel Relvas tenha a RTP como tutela (http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=574855) quando muito possivelmente qualquer jornalista licenciado o fez de forma mais transparente que a licenciatura deste Ministro.
Da mesma forma, não se admite após a notícia de 24 de Agosto de que a RTP está a gerar lucro (
http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=581671&tm=9&layout=122&visual=61) o Governo ainda queira entregar um lucro a privados.
No último ano, este governo e as suas más práticas de austeridade tem vindo a ser fortemente criticadas por grupos e plataformas de cidadãos que estão verdadeiramente indignados com o rumo da má despesa pública e da má gestão do estado sobre os poucos recursos que ainda não são de privados. Esta é mais um caso, onde vários grupos de cidadãos e pessoas individuais se unem transversalmente para mostrar que este governo não está a zelar pela nossa soberania mas sim a cavar a sepultura onde os nossos filhos e netos irão deitar sem poder de escolha.
Cada um de nós, enquanto contribuinte, paga este serviço público desde a sua existência.
Somos contra a eliminação de um canal cultural com informação que não passa em mais local algum, se não, em parte, nas redes de canais por cabo que estão cada vez mais caras, o que contrasta com cada vez menos poder de compra dos Portugueses.
Somos contra a entrega do primeiro canal de televisão em Portugal a privados para acontecer o mesmo que aconteceu com tantas outras privatizações e “entregas” desastrosas da nossa cultura e dos nossos edifícios a quem não tem por obrigação os preservar mas sim a obtenção de lucro.
Assim, organizamos um protesto que começa no Rossio às 15h e continua depois das 17h na sede da RTP, sita na Avenida Marechal Gomes da Costa, 37.
No próximo dia 2 de Setembro pelas 15h o povo sai à rua
para protestar e unir Portugal numa tentativa de travar, mais uma vez, a remoção abrupta de erário público sem consulta popular e estudos disponibilizados ao público, numa clara atitude de falta de transparência e honestidade vinda de um governo com iguais valores repudiáveis.  

 Os subscritores (em actualização permanente):
Tugaleaks
Anonymous Legion Portugal
 
  

domingo, 26 de agosto de 2012

"Un cañón en el culo", o texto de Juan José Millás que incendiou Espanha


 
"Un cañón en el culo", o texto do escritor Juan José Millás publicado no El País a 14 de Agosto, rapidamente circulou pelas redes sociais e incendiou a opinião pública espanhola.
Frontal e lúcida, como exigem os tempos que correm, a violenta crítica de Juan José Millás à barbárie capitalista que nos domina merece ser lida na íntegra:

O cano de uma pistola pelo cu

Se percebemos bem - e não é fácil, porque somos um bocado tontos -, a economia financeira é a economia real do senhor feudal sobre o servo, do amo sobre o escravo, da metrópole sobre a colónia, do capitalista manchesteriano sobre o trabalhador explorado. A economia financeira é o inimigo da classe da economia real, com a qual brinca como um porco ocidental com corpo de criança num bordel asiático.

Esse porco filho da puta pode, por exemplo, fazer com que a tua produção de trigo se valorize ou desvalorize dois anos antes de sequer ser semeada. Na verdade, pode comprar-te, sem que tu saibas da operação, uma colheita inexistente e vendê-la a um terceiro, que a venderá a um quarto e este a um quinto, e pode conseguir, de acordo com os seus interesses, que durante esse processo delirante o preço desse trigo quimérico dispare ou se afunde sem que tu ganhes mais caso suba, apesar de te deixar na merda se descer.
 
Se o preço baixar demasiado, talvez não te compense semear, mas ficarás endividado sem ter o que comer ou beber para o resto da tua vida e podes até ser preso ou condenado à forca por isso, dependendo da região geográfica em que estejas - e não há nenhuma segura. É disso que trata a economia financeira.
 
Para exemplificar, estamos a falar da colheita de um indivíduo, mas o que o porco filho da puta compra geralmente é um país inteiro e ao preço da chuva, um país com todos os cidadãos dentro, digamos que com gente real que se levanta realmente às seis da manhã e se deita à meia-noite. Um país que, da perspetiva do terrorista financeiro, não é mais do que um jogo de tabuleiro no qual um conjunto de bonecos Playmobil andam de um lado para o outro como se movem os peões no Jogo da Glória.
 
A primeira operação do terrorista financeiro sobre a sua vítima é a do terrorista convencional: o tiro na nuca. Ou seja, retira-lhe todo o caráter de pessoa, coisifica-a. Uma vez convertida em coisa, pouco importa se tem filhos ou pais, se acordou com febre, se está a divorciar-se ou se não dormiu porque está a preparar-se para uma competição. Nada disso conta para a economia financeira ou para o terrorista económico que acaba de pôr o dedo sobre o mapa, sobre um país - este, por acaso -, e diz "compro" ou "vendo" com a impunidade com que se joga Monopólio e se compra ou vende propriedades imobiliárias a fingir.
 
Quando o terrorista financeiro compra ou vende, converte em irreal o trabalho genuíno dos milhares ou milhões de pessoas que antes de irem trabalhar deixaram na creche pública - onde estas ainda existem - os filhos, também eles produto de consumo desse exército de cabrões protegidos pelos governos de meio mundo mas sobreprotegidos, desde logo, por essa coisa a que chamamos Europa ou União Europeia ou, mais simplesmente, Alemanha, para cujos cofres estão a ser desviados neste preciso momento, enquanto lê estas linhas, milhares de milhões de euros que estavam nos nossos cofres.
E não são desviados num movimento racional, justo ou legítimo, são-no num movimento especulativo promovido por Merkel com a cumplicidade de todos os governos da chamada zona euro.
 
Tu e eu, com a nossa febre, os nossos filhos sem creche ou sem trabalho, o nosso pai doente e sem ajudas, com os nossos sofrimentos morais ou as nossas alegrias sentimentais, tu e eu já fomos coisificados por Draghi, por Lagarde, por Merkel, já não temos as qualidades humanas que nos tornam dignos da empatia dos nossos semelhantes. Somos simples mercadoria que pode ser expulsa do lar de idosos, do hospital, da escola pública, tornámo-nos algo desprezível, como esse pobre tipo a quem o terrorista, por antonomásia, está prestes a dar um tiro na nuca em nome de Deus ou da pátria.
 
A ti e a mim, estão a pôr nos carris do comboio uma bomba diária chamada prémio de risco, por exemplo, ou juros a sete anos, em nome da economia financeira. Avançamos com ruturas diárias, massacres diários, e há autores materiais desses atentados e responsáveis intelectuais dessas ações terroristas que passam impunes entre outras razões porque os terroristas vão a eleições e até ganham, e porque há atrás deles importantes grupos mediáticos que legitimam os movimentos especulativos de que somos vítimas.
 
A economia financeira, se começamos a perceber, significa que quem te comprou aquela colheita inexistente era um cabrão com os documentos certos. Terias tu liberdade para não vender? De forma alguma. Tê-la-ia comprado ao teu vizinho ou ao vizinho deste. A atividade principal da economia financeira consiste em alterar o preço das coisas, crime proibido quando acontece em pequena escala, mas encorajado pelas autoridades quando os valores são tamanhos que transbordam dos gráficos.
 
Aqui se modifica o preço das nossas vidas todos os dias sem que ninguém resolva o problema, ou mais, enviando as autoridades para cima de quem tenta fazê-lo. E, por Deus, as autoridades empenham-se a fundo para proteger esse filho da puta que te vendeu, recorrendo a um esquema legalmente permitido, um produto financeiro, ou seja, um objeto irreal no qual tu investiste, na melhor das hipóteses, toda a poupança real da tua vida. Vendeu fumaça, o grande porco, apoiado pelas leis do Estado que são as leis da economia financeira, já que estão ao seu serviço.
 
Na economia real, para que uma alface nasça, há que semeá-la e cuidar dela e dar-lhe o tempo necessário para se desenvolver. Depois, há que a colher, claro, e embalar e distribuir e faturar a 30, 60 ou 90 dias. Uma quantidade imensa de tempo e de energia para obter uns cêntimos que terás de dividir com o Estado, através dos impostos, para pagar os serviços comuns que agora nos são retirados porque a economia financeira tropeçou e há que tirá-la do buraco. A economia financeira não se contenta com a mais-valia do capitalismo clássico, precisa também do nosso sangue e está nele, por isso brinca com a nossa saúde pública e com a nossa educação e com a nossa justiça da mesma forma que um terrorista doentio, passo a redundância, brinca enfiando o cano da sua pistola no rabo do sequestrado.
 
Há já quatro anos que nos metem esse cano pelo rabo. E com a cumplicidade dos nossos.



(tradução disponibilizada pelo Dinheiro Vivo)

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Free Pussy Riot! Свободу Pussy Riot!

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Amanhã, dia em que será conhecida a sentença do julgamento das Pussy Riot, irão realizar-se a nível mundial diversas concentrações de solidariedade com a banda feminista russa. A concentração, em Lisboa, será no Largo Camões, das 11:30 às 13:30.

A petição internacional que a seguir transcrevemos, promovida pela cantora Peaches e por  outros artistas e activistas (responsáveis também pela criação da música e do vídeo de apoio às Pussy Riot), poderá ser assinada em www.change.org/freepussyriot:

In March 2012 three members of Pussy Riot, Maria Alyokhina, Nadezhda Tolokonnikova, and Yekaterina Samutsevitch, were taken into custody by Russian authorities for their participation as part of a protest at the Cathedral of Christ the Saviour of the Russian Orthodox Church in Moscow. Their punk prayer is and was an act of free speech and the charges of “hooliganism” and detainment of the three women are seen by the world as a cruel heavy handed act of oppression, are being carried out to discourage free thought and speech in Russia.

If Russia wishes to be a part of the modern globalized world it must adhere to the standards and principals of a free nation where its people have the right to have a free and open dialogue about all subjects. Discussion, debate, and action are the basic building blocks of a free society. By following through with the prosecution of these women you are currently making a mockery of free speech, free thought, and your own country’s constitution.

We, the citizens of the world and advocates for free speech, DEMAND the immediate release of Pussy Riot. The charges and punishments facing Maia, Naadezhda, and Ekaterina are nothing more than a political stunt by the Russian authorities and Russian Orthodox Chruch to retain control over the Russian people and instill fear into the free-thinkers, political activists, and artists of Russia.

The world is watching, and we do not like what we see.

Free Pussy Riot!

 



В мае 2012 года три участницы Pussy Riot, Мария Алехина, Надежда Толоконникова и Екатерина Самуцевич были задержаны российскими правоохранительными органами за их протестую акцию в Храме Христа Спасителя в Москве. Их панк молебен был актом свободного выражения своего мнения и, поэтому, обвинения в "хулиганстве" и удержание девушек в заключении являются для мира показателем жестких репрессий, организованных в России для подавления свободы мысли и слова.

Если Россия хочет быть частью современного глобального мира, ей необходимо укоренить принципы свободной нации, в которой у людей есть право вести открытые и свободные диалоги на все темы. Дискуссии, дебаты и свободные действия граждан - это основа свободного общества. А преследуя этих молодых женщин, власти России насмехаются над свободой слова, свободой мысли и собственной конституцией.

Мы, граждане мира и защитники свободы слова, ТРЕБУЕМ немедленно освободить Pussy Riot.

Обвинения, выставленные против Марии, Надежды и Екатерины - ничего более, чем политическая игра российских властей и русской Православной Церкви начатая для того, чтобы укрепить контроль над россиянами и вселить чувство страха в свободных мыслителей, политических активистов и творческих людей в России.

Весь мир наблюдает за этим судилищем - и нам не нравится то, что мы видим.

Освободите Pussy Riot!

 

sábado, 11 de agosto de 2012

Fuck Putin, Free Pussy Riot!

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"Virgin Mother of God, put Putin away"

(chorus)
O Virgin Mother of God, put Putin away
Рut Putin away, put Putin away
(end chorus)
...


Black robe, golden epaulettes
All parishioners crawl to bow
The phantom of liberty is in heaven
Gay-pride sent to Siberia in chains


The head of the KGB, their chief saint,
Leads protesters to prison under escort
In order not to offend His Holiness
Women must give birth and love


Shit, shit, the Lord's shit!
Shit, shit, the Lord's shit!


(chorus)
O Virgin Mother of God, become a feminist
Become a feminist, become a feminist
(end chorus)


The Church’s praise of rotten dictators
The cross-bearer procession of black limousines
A teacher-preacher will meet you at school
Go to class - bring him money!


Patriarch Gundyaev believes in Putin
Bitch, better believe in God instead
The belt of the Virgin can’t replace mass-meetings
Mary, Mother of God, is with us in protest!


(Chorus)
O Virgin Mother of God, put Putin away
Рut Putin away, put Putin away
(end chorus)


terça-feira, 7 de agosto de 2012

Petição: Trabalhadoras/es do sector público e do sector privado exigem fim da austeridade





As/Os trabalhadoras/es têm vindo a ser sujeitas/os a fortíssimas medidas de austeridade que, além de constituírem um brutal ataque aos direitos de quem trabalha, têm originado degradação dos salários, reformas, pensões e outras prestações sociais, precarização e aumento exponencial da taxa de desemprego.

Muitas das pessoas que trabalham no setor público viram o seu rendimento mensal ser parcialmente apreendido e sofreram também o confisco dos subsídios de Natal e de férias. Por via do Acórdão 353/2012, o Tribunal Constitucional considerou inconstitucional a retirada destes subsídios às pessoas que trabalham no setor público.

As/Os signatárias/os desta petição recusam determinada e inequivocamente qualquer tentativa de interpretação do supracitado Acórdão do Tribunal Constitucional que passe por alargar esta medida injusta ao setor privado, invocando a equidade da violência.

Pelo exposto, as/os signatárias/os, em defesa dos direitos laborais e do contrato social que deve vigorar numa sociedade digna, recusam o confisco dos salários e das prestações sociais e solicitam à Assembleia da República que legisle no sentido de:
- renegociar as parcerias público-privadas (PPP), sujeitando o interesse privado à situação de emergência social e política atual.

Subscritoras/es proponentes:
Vitor Edmundo (Comissão de Trabalhadores – CT - Manutenção Militar), Helena Oliveira (CT Páginas Amarelas), António Chora (CT Autoeuropa), Daniel Bernardino (CT Faurecia), Manuel Martins (CT Autoeuropa), Vitor Franco (CT EDP Distribuição), José Ferreira (CT Efacec), Pedro Lourenço (CT CTT), João Vaz (CT EFACEC), Altamiro Dias (CT INCM), Armindo Monteiro (CT Unicer), João Gonçalves (CT REN), Fernando Sequeira (CT Autoeuropa), Maria Gil Branco (CT Manutenção Militar), Paulo Freire (CT Autoeuropa), Joaquim Morais (CT PT), Manuel Borrego (CT da EMEF), Joaquim Cruz (CT Banco de Portugal), Fausto Dionisio (CT Autoeuropa), Joaquim Pereira (CT EFACEC), Francisco Cordeiro (CT Autoeuropa), Álvaro Ribeiro (CT Metro do Porto), Carlos Cardoso (CT Autoeuropa), Francisco Alves (Conselho Nacional da CGTP, Dirigente SITE/ CSRA e FIEQUIMETAL), Deolinda Martin (Conselho Nacional da CGTP; Dirigente SPGL e Fenprof), Ana Paula Canotilho (Conselho Nacional da CGTP e Dirigente SPN), Paulo Ricardo (Conselho Nacional da CGTP e Dirigente SITE/Norte), Ana Paula Rodrigues (Conselho Nacional da CGTP e Presidente do Sindicato de Bordados da Madeira), Manuel Grilo (Dirigente SPGL, FRENPROF e CEx USL), Joaquim Piló (Presidente do Sindicato dos Pescadores), Jorge Magalhães (Dirigente do CESP), Paulo Mendes (Dirigente do SINTTAV), Marco Marques (Precários Inflexíveis), Timóteo Macedo (Dirigente Solidariedade Imigrante), Cristina Andrade (ativista contra a precariedade), Mamadou Ba (Dirigente SOS Racismo).


A petição pode ser lida e assinada AQUI



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